O preço do azeite atingiu níveis históricos. De acordo com fontes do sector, ainda se avizinham novas subidas. No supermercado já se verificam garrafas de 0.75cl a mais de 9,89€ e, já existem garrafas a 14€.
Na base destas subidas sistemáticas no litro do azeite, que temos vindo a sofrer neste último ano, deve-se acima de tudo às alterações climáticas.
Vamos apresentar-lhe alguns pormenores. Continue connosco!
Mas afinal o que se passa com este sector?
As principais causas do aumento do preço do azeite têm sido: a falta de chuva e as temperaturas muitos elevadas que se vêm sentido nos últimos anos. Ambos têm sido responsáveis pela dizimação das produções de azeitona.
Considerando que o preço médio de uma garrafa de azeite de 0.75 Cl estava na casa dos 5,49€ e de marca branca nos 2,89€, actualmente, custa em média 9,89€ e 6,09€. Estamos a falar em aumentos de 74% e 110% respectivamente.
Esta situação só acontece em Portugal?
O preço do azeite disparou em média 75%, na União Europeia, estes dados são de Janeiro de 2021 a Setembro de 2023, dados publicados pelo Eurostat.
Segundo a entidade, em Janeiro de 2022, o azeite estava já 11% mais caro do que em igual período do ano anterior e escalou entre Setembro de 2022 e Setembro de 2023.
Quais as consequências mais directas?
A principal consequência será a quebra no consumo, levando ao consumidor a encontrar outras alternativas. Outra das consequências tem sido o aumento dos roubos de azeitona, principalmente na zona do Baixo Alentejo.
Por exemplo, na nossa vizinha Espanha já forma roubadas toneladas de azeitona (Sevilha) e roubados mais de 56 mil litros de azeite (Córdoba). Estes roubos têm um valor aproximado de 500 mil euros.
Além dos roubos também têm aumentado as fraudes.
A ASAE apreendeu recentemente cerca de 4.000 litros de óleo de bagaço de azeitona que estava a ser vendido como azeite virgem e também detetou óleo com corantes, a serem vendidos na internet como azeite.
Portugal tem a sua alimentação baseada na dieta mediterrânea, em que o azeite é peça fundamental na confeção de diversos pratos, é sem duvida a nossa principal gordura! Não podemos viver sem o nosso azeite, como é que iriamos comer o nosso bacalhau na consoada?
Esperamos que haja um travão para estes aumentos.