Está a ver o mealheiro onde deposita umas moedas de quando em vez? Esqueça-o porque hoje vamos falar de outro tipo de poupança, mais significativa, mais útil e mais ágil na hora de acautelar imprevistos: o fundo de emergência!
Mas em que consiste a poupança através de um fundo de emergência?
Consiste em ter de parte algum dinheiro para fazer face a imprevistos, que vão da reparação do seu carro a um acidente, uma doença repentina ou uma situação de desemprego, entre outros episódios imprevisíveis ou pouco prováveis.
Qual o valor do fundo de emergência?
Aquele que tenha conseguido poupar! Ainda assim, especialistas na matéria aconselham fundos de emergência com uma quantia equivalente a seis meses de encargos mensais habituais. Nesse sentido, deve começar a poupança analisando todas as despesas mensais essenciais do seu agregado familiar (retire as despesas supérfluas) para chegar ao valor do fundo. Por exemplo, se o seu agregado precisa de 1.500€ para viver tranquilamente durante um mês, a sua poupança no fundo de emergência deve ser de (pelo menos) 9.000€.
É trabalhador por conta própria? Bom, nesse caso está (ainda) mais sujeito a imprevistos, pelo que o ideal é possuir um fundo de emergência que cubra 12 meses de despesas.
Como criar um fundo de emergência?
Fácil! Transferindo mensalmente determinado valor para uma conta poupança ou depósito a prazo que seja mobilizável, e isso porque esse dinheiro deve estar sempre disponível. Afinal, os imprevistos não se costumam anunciar com antecedência!
Se optar pela conta poupança, ainda tem a possibilidade de programar automaticamente o seu “pé de meia” e determinar a data da transferência periódica.
Quais são as vantagens em ter um fundo de emergência?
Ficar preparado para enfrentar um contratempo financeiro? Claro, essa é a grande vantagem, mas os fundos de emergência também permitem uma melhor organização do orçamento familiar, e isso porque para poupar determinado valor para alimentar o fundo, tem de acompanhar regularmente o seu orçamento, ajustando as necessidades ao esforço de poupança. Neste processo, aprende que todas as decisões de consumo o aproximam ou afastam dos objetivos de poupança, e dessa forma acaba por estabelecer uma relação positiva e assertiva com o dinheiro, controlando com maior consciência as despesas que pode cortar para poupar.
Por fim, o fundo de emergência evita situações de endividamento, motivadas por vários tipos de empréstimos com taxas de juros elevadas.
E depois de assegurar o fundo de emergência?
Depois há opções mais atrativas que as contas poupança para rentabilizar o seu dinheiro, como fundos de investimento, seguros financeiros, subscrições de PPR, ações e até obrigações.
Gostou do artigo, mas estes conselhos chegam demasiado tarde para si? Peça um crédito pessoal para resolver esse problema financeiro, mas depois comece a poupar porque como diz o ditado popular: no poupar é que está o ganho!